quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Médici: o presidente "mão de ferro"

Brumna Braga

Gaúcho nascido no dia 4 de dezembro de 1905, na cidade de Bagé, Emílio Garrastazu Médici estudou em colégios militares. Apoiou o golpe de 1930 e, em 1932, aliou-se às forças que lutaram contra a Revolução Constitucionalista de São Paulo.


Sua carreira política teve início quando foi convocado a assumir o lugar do presidente Costa e Silva, afastado do cargo. Médici tomou posse no dia 30 de outubro de 1969, em eleição indireta.

O governo de Médici foi marcado por um grande lado negativo. Foi nesse período que o Brasil viveu a maior censura nas áreas culturais: música, imprensa e teatro. Apoiado no AI-5, ele não poupou violência contra aqueles que lutavam contra a ditadura.

Ao mesmo tempo em que seus chefiados torturavam e faziam "desaparecer" muitos cidadãos, Médici podia se gabar do fato de que a economia do país ia muito bem.


Conhecido como o período do “Milagre Brasileiro”, o país viveu durante uma parte da ditadura de Médici uma fase de grandes avanços econômicos e constitucionais. O PIB cresceu, a inflação estabilizou, a indústria expandiu e o mercado interno aumentou.

Mas todo esse avanço teve alguns “efeitos colaterais”: a inflação subiu e o país se endividou. O aumento do petróleo e o endividamento brasileiro fizeram com que o inconsistente “milagre” se tornasse um pesadelo e enfraquecesse o governo militar.

O presidente “mão de ferro” morreu em 1985 com 79 anos.

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Expediente

Edição
Tatiana Lima (Mtb 1473), Ronney Argolo, Maria Ísis
Redação
Local: Ana Carolina Souto, Midiã Santana, Leandro Pessoa, Maria Ísis, Ronney Argolo.
Nacional: Cássia Duarte, Bruna Braga, Fátima Reis, Eduardo César.
Internacional: Laura Santana, Jaqueline Barreto.
Fotos: Leonardo Carvalho.