Chumbo no Brasil, flores em Praga
Laura Santana
O ano de 1968 foi marcante pelo mundo. A Primavera de Praga, movimento comandado pelo líder do Partido Comunista da Tchecoslováquia, Alexander Dubdeck, com o apoio do Comitê Central, introduziu reformas político-econômicas e tornou-se um marco do "socialismo humano".
Dubdeck decidiu fazer uma reforma profunda na estrutura política do país, uma mudança que garantia os direitos civis e do cidadão, a liberdade de imprensa restituída e a livre organização partidária, o que implicava no fim do monopólio do Partido Comunista.
Mudanças na sociedade foram aceitas, como: imprensa livre, judiciário independente e tolerância religiosa. As idéias revelaram-se inovadoras, libertárias para a época e desagradaram a então União Soviética (URSS) e os partidários do ditador Josef Stalin.
Porém a "boa estação" durou pouco. Em 20 de agosto de 1968, Praga, hoje capital da República Tcheca, foi invadida por tanques e 650 soldados soviéticos e dos países do Pacto de Varsóvia. Em uma semana, a Primavera de Praga foi esmagada pelas tropas.
As idéias dos intelectuais reformistas que a instauraram, no entanto, colocaram em cheque o despotismo e o autoritarismo que, atualmente, é tão mal visto no mundo predominantemente democrático.