Arte amplificou ideais de liberdade
Durante a década de 60, o conservadorismo, as guerras e os governos autoritários atiçaram os ideais contrários a uma ordem que prevalecia sob a mira da repressão. As respostas e recusas a este contexto ganharam destaque no âmbito artístico e estudantil.
Poetas, escritores, músicos, estudantes e boêmios indignaram-se e foram às ruas contra o totalitarismo. No ano de 1968, as manifestações artísticas foram as principais alternativas capazes de amplificar os ideais de libertação.
No meio cinematográfico, o Cinema Novo e o Cinema Marginal contemplaram produções baratas, a linguagem coloquial e a abordagem de temas relacionados à população brasileira. O nordeste do Brasil e o cotidiano das grandes metrópoles foram alvos do olhar crítico de diretores como Glauber Rocha e Ruy Guerra.
Definido por Caetano Veloso como o avesso da Bossa Nova, o Tropicalismo buliu na maneira de se pensar e fazer música no Brasil. Artistas como o maestro Rogério Duprath, Tom Zé, Gilberto Gil e os Mutantes adicionaram à música popular brasileira ingredientes do rock, como a psicodelia, guitarras ruidosas e doses de experimentalismos.
No teatro, em janeiro de 1968, estreou a peça Roda Viva, com direção de José Celso Martinez Correia e texto de Chico Buarque de Holanda. Em cena, a violência e palavrões em uma história marcada pela contundência contra o regime militar foram suficientes para incomodar o Estado.
No fim de 1968, o Ato Inconstitucional n° 5 provocou o exílio e a prisão de artistas, políticos e intelectuais de esquerda.
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